A Defensoria
Pública do Pará deu entrada nesta quinta-feira, 20, no processo que tornará
possível a liberação do corpo do agricultor José Maria Santa Rosa, que há 11
dias está no Instituto Médico Legal aguardando sepultamento. Uma Ação de Justificativa
de Óbito, que vai permitir que a elaboração de certidões de nascimento e óbito,
foi protocolada pelo Defensor Público, José Rei.
O grande impasse
para a retirada do corpo pelos familiares aconteceu por conta da perda do
registro de nascimento do agricultor e pela dificuldade em obter uma segunda
via, já que os documentos originais foram retirados no município onde José Rosa
nasceu, São Miguel do Guamá.
A Defensoria Pública,
além de deslocar um servidor do Balcão de Direitos para aquele município,
acionou a Justiça a fim de conseguir uma nova documentação. O agricultor
faleceu no dia 9 deste mês, na Unidade Básica de Saúde do Benguí, vítima de um
infarto. O corpo foi encaminhado para o IML e desde então, a família aguarda a
liberação para sepultamento.
O Defensor Público
Rodrigo Ayan, coordenador de Políticas Cíveis da Defensoria, encaminhou dois
ofícios ao Instituto Médico Legal Renato Chaves, solicitando que aquele órgão
não libere o corpo do agricultor para sepultamento como indigente. Segundo ele,
a medida é para prevenir que a família não tenha a chance de efetivar o enterro
de seu patriarca. O outro ofício pede ao IML que encaminhe declaração à
Defensoria Pública confirmando que o corpo de José Santa Rosa foi reclamado por
familiares como o filho, Fábio Rosa, e pelo irmão, Raimundo Santa Rosa.
Texto: Micheline Ferreira e Isabelle Fecury