Os Defensores Públicos de Paragominas, Johny Fernandes Giffoni e Marco Aurélio Vellozo Guterres, consideraram sucesso absoluto o debate realizado na audiência pública realizada na Câmara Municipal sobre a violência contra a mulher.

 

A audiência foi uma solicitação da Defensoria Pública local e foi realizada no último dia 18 de março. Segundo os defensores, o encontro serviu para que a população daquele município pudesse discutir sobre os elevados “índices de feminicídio” na cidade e sobre políticas públicas voltadas para o atendimento à mulher vítima de violência.

 

Na audiência, a população foi ouvida por diversos integrantes da rede de apoio à mulher, que apontaram falhas no atendimento das políticas públicas e cobraram respostas do poder público presente.

 

O Defensor Público Marco Aurélio Guterres destacou a necessidade de sintonia no trabalho desenvolvido pela rede de atenção à mulher. Ele sugeriu a implementação de diversos projetos que mudam esta realidade e citou o exemplo positivo do que vem sendo realizado em Tucuruí pela Defensoria Pública.

 

Paragominas, no Sudeste do Pará, aparece em primeiro lugar nacional com a maior taxa de mulheres assassinadas entre os municípios brasileiros com mais de 26 mil habitantes femininos: do ano de 2008 a 2010, foram registrados 17 casos, com 24,7 mortes a cada 100 mil habitantes em 2010.

 

Outros quatro municípios do Sul e Sudeste Paraense aparecem nesse ranking, assim como Ananindeua e Barcarena. Os dados são do "Mapa da Violência no Brasil 2012: Homicídios de Mulheres no Brasil", estudo coordenado pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, que atuou em parceria com Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso) e do Instituto Sangari, divulgado ontem.

 

A pesquisa mostrou que a cada cinco minutos, uma mulher é agredida no país e em quase 70% dos casos, quem espanca ou mata a mulher é o namorado, marido ou ex-marido.

 

Texto: Letícia Sarges e Micheline Ferreira

 

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