A Defensora Pública Anna Izabel e Silva
Santos, titular da 9ª Defensoria de Execução Penal, com atuação no Presídio
Estadual Metropolitano (PEM I), informou que vai entrar com ação para
responsabilizar o Estado pela morte do preso. Ela já está acompanhando o
Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado para apurar o
homicídio.
Ela informou que em 2013, a unidade tinha 509
presos e ocorreu uma rebelião. Hoje há uma população carcerária maior, com o
mesmo número de agentes penitenciários. O presídio possui capacidade para 404
detentos, no entanto, hoje está funcionando com um excedente de 208, chegando
ao quantitativo de 612 presos atualmente no PEM I.
“Infelizmente, a superpopulação carcerária é
realidade no Brasil inteiro. Especialmente no PEM I, o principal problema é que
apesar de ser um presídio de segurança máxima, hoje contamos com um efetivo de
servidores públicos insuficiente, e isso torna o local um barril de pólvora”,
relatou a Defensora Pública.
Izabel Santos esclareceu que em relação à
morte, o preso que assumiu a autoria do homicídio já foi transferido para outra
unidade o CRPP II, e a Defensoria Pública vem acompanhando o Procedimento
Administrativo Disciplinar. “Para que novas mortes não ocorram em uma possível
rebelião, estamos agindo de maneira preventiva. Entramos em contato com a
Corregedoria dos presídios para que aumente o efetivo de servidores públicos e,
caso isto não ocorra, pediremos a interdição parcial do presídio”, explicou a
defensora.
O objetivo da interdição provisória é impedir
que novos presos sejam enviados para o PEM I, enquanto não for assegurada a
segurança dentro da unidade prisional.
Texto: Thaiana Amorim