A violência contra a mulher continua
aumentando. Na Defensoria Pública, somente no Núcleo de Atendimento
Especializado à Mulher em situação de violência doméstica e familiar (NAEM),
uma média de 20 a 30 mulheres são atendidas por dia. Os casos registrados com
maior frequência são os de lesão corporal, ameaças de morte e crimes contra a
honra.
A grande maioria dos casos de violência é
praticada pelos próprios companheiros das vítimas. A maior parte das denúncias
é feita por conta própria, ou, quando há denúncia de alguém, essas mulheres são
conduzidas pelos policiais para registrarem a ocorrência.
Para a Coordenadora do NAEM, Arleth Rose, a
lei é forte e veio para obrigar o Estado a garantir a segurança das mulheres
seja no espaço público ou privado. “Estamos em uma guerra se considerarmos os
números alarmantes da violência, a lei deve ser levada a sério, portanto não há
o que temer. Se houver agressão e a mesma for comprovada, a punição deve ser de
forma imediata”, explica.
O trabalho realizado pelo NAEM estabelece um
atendimento especifico e humanizado para as mulheres que sofreram violência
doméstica, passando por uma triagem acolhedora realizada por uma equipe
interdisciplinar desde a sua chegada ao Núcleo, e somente depois desse primeiro
atendimento elas são encaminhadas ao Defensor Público.
Texto: Roberta Gelak