Os Defensores Públicos Etelvino Azevedo e Regina Fernandes, do Núcleo de Atendimento Especializado à Criança e Adolescente (NAECA) de Icoaraci e Belém, respectivamente, realizaram visita técnica no Abrigo Ronaldo Araújo, para inspecionar a rotina da unidade naquele distrito da capital.

 

Regina Fernandes informou que um velho problema continua ocorrendo no abrigo, que é a entrega de adolescentes sem as guias de desacolhimento. Nesta última visita, segundo ela, foram constatados 10 casos dessa natureza.

 

A preocupação da Defensora com as guias, disse, é a necessidade de controle desses adolescentes. Ela esclareceu que o uso do documento é obrigatório, pois quando o adolescente é encaminhado para o abrigo, quem passa a ser o guardião desse menor é o município.

 

A equipe técnica do “Ronaldo Araújo” informou que nos 10 casos em que se constatou a falta de guias de desacolhimento, todos os adolescentes foram entregues às suas famílias. “O nosso trabalho visa a reintegração familiar, mas primamos também pelo cumprimento da lei”, ponderou a defensora.

 

Além de cobrar providências, a Defensoria Pública também avaliou que o espaço precisa de melhorias, mesmo com áreas ociosas. O Defensor Etelvino Azevedo confirmou que a unidade necessita de reforma, que há uma placa de obras, mas que os técnicos aguardam ainda o aluguel de um outro imóvel para que o serviço tenha continuidade em novo endereço.

 

Regina Fernandes disse também que mais do que a reforma, o abrigo Ronaldo Araújo precisa realizar um trabalho mais efetivo com os jovens que estão hoje no local. Ela explicou que a maioria deles tem problema com uso de drogas, daí a necessidade de oferta de tratamento de recuperação, a fim de que os adolescentes permaneçam na instituição. “O abrigo não tem nada a oferecer nesse aspecto”, finalizou.

 


Texto: Micheline Ferreira

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